sexta-feira, 5 de março de 2010

Teddy Vieira – Compositor Itapetiningano da Música Menino da Porteira

Teddy Vieira Azevedo
(Itapetininga/SP, 23 de dezembro de 1922 — Itapetininga/SP, 16 de dezembro de 1965)




É considerado um dos compositores mais famosos do Brasil, tendo deixado mais de 200 composições gravadas. Sem dúvidas a sua principal obra foi o menino da porteira, sendo um sucesso sertanejo regravado inúmeras vezes.

Cursou o ensino primário em Itapetininga e em seguida transferiu-se para São Paulo, onde concluiu o secundário no Colégio João Kophe e Oswaldo Cruz.

Fez a primeira composição aos 18 anos, foi funcionário público, e aos 22 começou a trabalhar na Colúmbia, da qual foi diretor artístico.

Em 1950, teve a sua primeira composição gravada pela dupla Tonico e Tinoco, a moda de viola “Violeiro casado”, em parceria com Tonico.

Em 1952, Zé Carreiro e Carreirinho gravaram a moda de viola “Irmão do Ferreirinha”, parceria de Teddy com Carreirinho. No mesmo ano, Palmeira e Luisinho gravaram a moda de viola “Caçada do pardo”, de Teddy Vieira e Luisinho.

Em 1953, Vieira e Vieirinha lançaram a moda de viola “Roubei uma casada”, primeiro sucesso de uma das mais afamadas duplas de compositores sertanejos, Teddy Vieira e Lourival dos Santos.

Em 1954, Palmeira e Biá gravaram a toada “Couro de boi”, parceria de Palmeira e Teddy Vieira que se tornaria grande sucesso.

E, na foto abaixo, da esquerda prá direita, quatro grandes Compositores da Música Caipira Raiz: Anacleto Rosas Jr., Teddy Vieira, Arlindo Pinto e Ado Benatti.





Em 1955, casou-se com América Risso. Luisinho e Limeira lançaram pela RCA Victor um dos maiores clássicos da música sertaneja, parceria de Teddy e Luisinho, o cururu “Menino da porteira”, regravada inúmeras vezes, entre outros por Tonico e Tinoco e Sérgio Reis. No mesmo ano, as Irmãs Galvão gravaram outra parceria de Teddy e Lourival dos Santos, o xote “Não interessa”, pela RCA Victor.

Em 1956, outro grande sucesso de Teddy Vieira (em parceria com Muibo Curi), seria lançado: a toada “João de barro”, gravada por Mineiro e Manduzinho e anos depois regravada por Sérgio Reis. Naquele mesmo ano, Teddy Vieira passou a ser diretor sertanejo da Colúmbia. Lançaria as duplas Tião Carreiro e Pardinho e Zico e Zeca. No mesmo ano, a dupla Tião Carreiro e Pardinho lançaria a moda de viola “Boiadeiro punho de aço”, de Teddy Vieira e Pereira, que logo se tornaria sucesso.

Em 1958, transferiu-se para a Chantecler como diretor artístico.

Em 1959, compôs, com Lourival dos Santos, o “Pagode em Brasília”, composição que ficou consagrada na interpretação de Tião Carreiro e Pardinho, lançando um novo ritmo, o pagode sertanejo. Esta composição coincidiu com a inauguração de Brasília e seus autores foram homenageados pelo então Presidente da República Juscelino Kubitschek.

Em 1695, faleceu num trágico acidente de carro na Rodovia Raposo Tavares (na sua Itapetininga interior do estado de São Paulo). O compositor foi sepultado no cemitério São João Batista em Itapetininga e o seu túmulo é muito visitado por cantores sertanejos famosos que discretamente o visitam deixam as suas orações e depois vão embora sem quase ninguém perceber a visita.

Foi justamente nas vozes da dupla Tião Carreiro e Pardinho que Teddy Vieira conheceu alguns de seus maiores sucessos, como o “Rei do gado”, “Nove e nove”, em parceria com Lourival dos Santos e Tião Carreiro, “O mineiro e o italiano”, com Nelson Gomes, “Porta fechada”, com Moacyr dos Santos e outras.

OBRAS

13 de maio (c/ Riachão e Riachinho) • A enxada e a caneta (c/ Capitão Barduíno) • A marca do berrante (c/ Ado Benatti e Lauripe Pedroso) • A menina do bolo (c/ Roque de Almeida) • A moda da japonesa (c/ Orlandinho) • A morte da bugrinha (c/ Alcindo Freire) • Adeus, amor (c/ Nenete) • Alma arrependida (c/ Pássaro Preto e O. Aude) • Amor passageiro (c/ Biguá) • Baião número cinco (c/ Palmeira) • Baile moderno (c/ Vicente Lia) • Besta bailarina (c/ Capitão Barduíno) • Besta bailarina (c/ Serrinha) • Boiadeiro de Goiás (c/ Nelson Gomes) • Boiadeiro do divino (c/ Alves Lima) • Boiadeiro punho de aço (c/ Pereira) • Boliviana (c/ Palmeira) • Caçada do pardo (c/ Luisinho) • Caminho errado (c/ Benedito Seviero) • Capela do Chico Mineiro (c/ Biguá) • Carro de boi (c/ João Pacífico) • Casinha de aço (c/ Roque de Almeida) • Cavaleiro de Bom Jesus (c/ João Alves Marino) • Chinita (c/ Pássaro Preto e Vicente Lia) • Cigana (c/ Salvador dos Santos Dias) • Couro de boi (c/ Palmeira) • Delicadeza (c/ Compadre Juvená) • Dia de finados (c/ Benedito Seviero) • Dois corações que se amam (c/ Biguá) • Dois punhais (c/ Nízio) • Dona felicidade • Doutor promessa (c/ Palmeira) • Estranho retrato (c/ Sulino) • Ferramenta de caboclo (c/ Palmeira e Osvaldo Aude) • Força do destino (c/ Serrinha) • Gaúcha (c/ Sebastião Vitor) • Geada do Paraná • Geada • Ilusão da vida (c/ B. Amorim) • Irmão do Ferreirinha (c/ Carreirinho) • João-de-barro (c/ Muibo Curi) • Lenço preto (c/ Laureano) • Linda mato-grossense (c/ Palmeira) • Mãe do pracinha (c/ Sebastião Vitor) • Mão do assassino (c/ Sebastião Vitor) • Mariazinha (c/ Palmeira) • Menino pobre (c/ Roque de Almeida) • Meu amigo (c/ Nízio) • Milagre de Tambaú (c/ Palmeira) • Moça namoradeira (c/ Sulino) • Morena de olhos pretos (c/ Ado Benatti) • Mulher fingida (c/ João Diniz) • Namoro e casamento (c/ Palmeira) • Namoro invejoso (c/ Lourival dos Santos) • Namoro no portão (c/ Zé Maria) • Não interessa (c/ Lourival dos Santos) • Nas mãos de Deus (c/ Mário Eduardo) • Nossa Senhora da Abadia (c/ José Ferreira) • Nova Londrina (c/ Serrinha) • O canoeiro não morreu (c/ Ado Benatti) • O céu foi testemunha (c/ Marumbi) • O crime do cascavel (c/ Palmeira) • O erro da professora (c/ Sulino) • O feiticeiro (c/ Vieirinha) • O manto sagrado (c/ Luisinho) • O menino caçador • O menino da porteira (c/ Luisinho) • O mineiro e o italiano (c/ Nelson Gomes) • O mineiro não faz feio (c/ Lourival dos Santos) • O padre e o ateu • Pagode em Brasília (c/ Lourival dos Santos) • Pai sem coração (c/ Sulino) • Pantanal cuiabano (c/ Palmeira) • Penas de minh’alma (c/ Valdez Leal e N. Gomes) • Piraquara (c/ Jaime Ramos) • Pitoco (c/ Abílio Vitor) • Pracinha (c/ Serrinha) • Pretinho aleijado (c/ Luisinho) • Preto de alma branca (c/ Lauripe Pedroso) • Primeira namorada (c/ Zeca) • Prisioneiro (c/ Nízio) • Punhal da falsidade (c/ Zé Carreiro) • Recordando o passado (c/ Alcindo Freire) • Resposta do menino da porteira (c/ Luisinho) • Resposta do namoro do portão (c/ Roque de Almeida) • Rio preto (c/ Alceu Maynard Araújo) • Rodeio de Patos de Minas (c/ Pinheirá) • Romeiro d’Aparecida (c/ Palmeira e B. M. Santos) • Roubei uma casada (c/ Lourival dos Santos) • Sagrado ofício (c/ Ado Benatti) • Sangue gaúcho (c/ Ivan Cavalcanti) • Sinhá Joana (c/ Francisco Lacerda) • Sonho de amor (c/ Benedito Seviero) • Terra roxa • Tragédia de Goiás (c/ Carreirinho) • Triste desengano (c/ Carreirinho) • Última carta (c/ Palmeira) • Vai de roda (c/ Palmeira) • Verde-amarelo (c/ Antônio Berlim) • Vida de minha vida (c/ Nízio) • Viola de ouro (c/ Palmeira) • Violeiro casado (c/ Tonico) • Você (c/ Palmeira)